Uma pesquisa inédita do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS encomendada pelo Ministério da Saúde, revela que 54,4% das mulheres sexualmente ativas estão infectadas pelo papiloma vírus humano (HPV), enquanto entre os homens o índice é de 41,6%.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível e está associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero e ânus, no qual a metade dos casos de câncer na vulva, pênis e orofaringe acontecem. Diante desses números alarmantes, o Ministério da Saúde enfatiza a importância da vacinação como a melhor estratégia de prevenção contra a infecção.
Desde agosto deste ano, a vacinação foi ampliada para incluir vítimas de violência sexual. Anteriormente, apenas adolescentes de 9 a 14 anos, além de pessoas com HIV/Aids, transplantadas ou em tratamento oncológico, podiam receber a vacina.
Apesar da ampliação, a cobertura vacinal contra o HPV apresenta queda. Em 2022, 75% das meninas receberam a primeira dose, enquanto 57% completaram o esquema com a segunda dose. Os índices foram ainda mais baixos para os meninos, com 52% de cobertura na primeira dose e 36% na segunda. A vacina contra o HPV é administrada em duas doses para pessoas de 9 a 14 anos, com um intervalo de seis meses. Para aqueles vivendo com HIV/Aids, transplantados, em tratamento contra o câncer ou vítimas de violência sexual, a vacinação é recomendada dos 15 aos 45 anos, em três doses, com intervalo de dois meses entre cada aplicação.