Dados divulgados na última semana pelo Ministério da Saúde evidenciam que o Brasil registrou cinco casos confirmados de raiva humana no ano passado. Já do início de 2023 até agora, duas ocorrências foram listadas. A preocupação com a doença ganhou força após um cão testar positivo para o vírus no Estado de São Paulo, no início do mês de setembro. Foi a primeira infecção desse tipo registrada na região desde 1997.
Conforme estudos divulgados pelo ministério ao Correio Braziliense, nenhum dos pacientes que desenvolveu a doença conseguiu sobreviver. No entanto, de acordo com a pasta, o país está próximo de erradicar a doença entre a população em razão da campanha de vacinação que ocorre em todo o cenário brasileiro. Com foco na identificação da doença, dos cinco casos confirmados em 2022, quatro foram notificados em uma comunidade indígena em Minas Gerais, afetando crianças e adolescentes, de 7 a 15 anos de idade – outro jovem também foi contaminado no Distrito Federal.
Embora os casos gerem preocupações, as infecções apresentam curva de crescimento. Em 2021, foi registrado apenas um caso e, no ano seguinte, dois. Os números estão longe dos índices das décadas anteriores, visto que em1990 mais de 50 casos foram registrados.
Conforme explicações do Ministério da Saúde, a A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. A vacina aplicada em cães e gatos protege por mais de um ano e se faz extremamente necessária para quem cuida de pets: salvando a si mesmo e ao próprio animal. No caso dos seres humanos, a imunização ocorre para profissionais que atuam em contato com animais, como veterinários e pessoas que podem ter sido expostas.