Uma nova vacina chamada de Tedopi apresentou redução de 41% no risco de morte por câncer de pulmão. O resultado foi divulgado na revista científica Anais da Oncologia e demonstrou que os pacientes que tomaram doses do medicamento, no prazo de um ano, tiveram melhor êxito no tratamento do que em pessoas que realizam quimioterapia.
De acordo com os estudos, os resultados foram verificados em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas — a forma mais comum da doença, geralmente causada pelo tabaco — em estado de metástase, quando o tumor já se espalhou por outros lugares do corpo. Além de sugerir uma grande eficácia, também há a confirmação de que a Tedopi provoca menos efeitos colaterais que outros tratamentos, verificados em 11% dos participantes, contra 35% dos pacientes submetidos à quimioterapia.
Desenvolvido pela empresa Ose Imunotherapeutics, startup com sede na França, no comunicado divulgado a organização ressalta que o estudo demonstra uma “vacina pronta para o uso”. Vale ressaltar que a aplicação é um medicamento para tratar e não para prevenir o câncer, sendo composta por proteínas parecidas com as dos tumores – o que estimula os linfócitos T, as células de defesa do corpo, que passam a reconhecer as células cancerígenas e eliminá-las.
Apesar dos resultados promissores, os responsáveis confirmam que são necessárias várias aplicações durante o tratamento. E lembram que o medicamento surtiu efeito em um grupo muito específico do estudo: pacientes que já tinham passado por imunoterapia há pelo menos três meses – um tratamento endovenoso que estimula o sistema de defesa do corpo a atacar as células do câncer.