Teste de vacina contra HIV é interrompido após resultados ruins

Pessoa fazendo exame de detecção

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Um teste de vacina contra o HIV, apelidado de “última cartada” desta década, interrompeu as vacinações após resultados decepcionantes. O estudo de prevenção PrEPVacc, liderado por pesquisadores africanos com o apoio de cientistas europeus, testava duas vacinas experimentais contra o HIV juntamente com uma nova forma de PrEP (profilaxia pré-exposição).

No entanto, a liderança da PrEPVacc afirma que, embora “não haja preocupações sobre a segurança das vacinas”, suspenderam agora a componente vacinal do ensaio devido à sua ineficácia na prevenção do HIV. Porém, a recomendação é de que o componente de PrEP oral do teste continue.

O fracasso das vacinas experimentais é um duro golpe para a comunidade médica, que se deparou com inúmeros problemas desde que o primeiro ensaio da vacina contra o HIV começou, há 36 anos. Embora as novas infecções por HIV tenham diminuído drasticamente desde o seu pico em meados da década de 1990, os dados mais recentes da UNAIDS revelam que 39 milhões de pessoas vivem atualmente com a infecção em todo o mundo. Mais de metade são mulheres, sendo as mulheres jovens e as adolescentes (15-24) responsáveis por 77% dos novos casos na África Subsariana.

O diretor da PrEPVacc, Dr. Eugene Ruzagira, concordou, afirmando que, embora os “obstáculos científicos sejam grandes”, ele tem “esperanças igualmente grandes de que um dia uma vacina contra o HIV seja desenvolvida”. “Investigações importantes como a PrEPVacc nos fazem avançar e os participantes estão dispostos a avançar conosco e a fazer a diferença na saúde das suas comunidades”, disse Ruzagira num comunicado, acrescentando que este teste permitiu aos investigadores construir boas relações com comunidades cruciais. Segundo os investigadores, os resultados completos da componente vacinal do ensaio PrEPVacc deverão ser publicados no verão de 2024.

Por outro lado, ai PEP é uma ótima estratégia de prevenção de longo prazo para indivíduos que apresentam risco constante de exposição ao HIV, como quem tem muitos parceiros sexuais durante o ano. Ela envolve a tomada de um medicamento antirretroviral, geralmente diariamente, por pessoas soronegativas (que não foram contaminadas) para evitar qualquer infecção pelo HIV. A PrEP demonstrou ser altamente eficaz quando tomada consistentemente, reduzindo o risco de infecção significativamente – sendo uma ferramenta valiosa para casais sorodiscordantes (entre uma pessoa contaminada e outra não), profissionais do sexo e outros grupos em alto risco.

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