Transplante de órgãos cresce no Brasil, mas ainda está abaixo do ideal

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Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil testemunhou um aumento de 12% no número de transplantes de órgãos em comparação com o mesmo período de 2022, alcançando o nível mais alto em quatro anos. Contudo, os 6.559 transplantes ainda não atingiram os 6.722 registrados em 2019, antes do início da pandemia de coronavírus.

Foram 6.559 transplantes nos nove primeiros meses de 2023, em detrimento de 5.855 em 2022. Já em 2019, o país teve 6.722 órgãos transplantados no período, incluindo coração, fígado, intestino, pâncreas, pâncreas, pulmão, rim e multivisceral. Os dados constam no Registro Brasileiro de Transplantes, relatório divulgado na última segunda-feira (4) pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).

Os dados ainda indicam que a maioria das metas anuais para transplantes já foi atingida, com uma taxa de doadores de 19,6 por milhão de pessoas, superando a registrada em 2019. A ABTO tem como objetivo alcançar 30 doadores por milhão de pessoas até 2028. Os indicadores relativos a transplantes de rim, fígado e coração, que representam 97% do total de procedimentos, apresentaram aumento, com destaque para a taxa de transplante hepático atingindo 11,4 por milhão de pessoas, a mais alta já registrada. Os transplantes de pulmão e pâncreas ainda não atingiram o volume previsto, permanecendo abaixo das taxas do ano anterior.

Os únicos órgãos que ainda não atingiram o volume de transplantes previsto foram pulmão e pâncreas, que ficaram também abaixo das taxas do ano anterior. “O transplante de pulmão é realizado em poucos centros, em apenas três estados. Enquanto isso, o número de transplante de pâncreas, que não é vital, diminuiu em muitos países, apesar dos excelentes resultados”, diz texto de apresentação do documento, assinado pelo médico Valter Duro Garcia.

O relatório aponta um aumento significativo nos transplantes de córnea (12.014) e de medula óssea (3.062), ultrapassando os registros de 2019. A ABTO destaca a diferença de quase 20% entre os doadores efetivos (19,6 por milhão de pessoas) e os órgãos efetivamente transplantados (15,9 por milhão de pessoas). O documento é produzido pela ABTO desde 1997.

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