27 de Setembro: Dia Nacional da Doação de Órgãos

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O  Dia Nacional de Doação de Órgãos comemorado na última  sexta-feira, (27),  é uma data muito significativa por que visa conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos para salvar vidas.

Anualmente, milhares de vida são salvas e transformadas pela prática. Só em 2023, foram realizados quase 26 mil transplantes de órgãos, tecidos e medula óssea, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Ainda de acordo com a ABTO, o Brasil tem um dos maiores programas de transplante de órgãos do mundo. No entanto, ainda há uma grande demanda por doações, especialmente devido à baixa taxa de autorização familiar.

A questão da rejeição familiar ainda é um grande tabu a ser vencido. A conscientização sobre a importância da doação de órgãos é fundamental, pois, no Brasil, a decisão de doar depende da autorização da família.

Por isso, é essencial que as pessoas manifestem em vida o desejo de ser doadoras, deixando claro para seus familiares essa intenção. De cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar, apenas quatro acabam efetuando a doação. Um dos principais obstáculos é a recusa familiar. Neste ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde sobre o tema é: “Doação de órgãos: precisamos falar sim”, que alerta para a necessidade do diálogo sobre a doação e a desmistificação do assunto.

Dentre os motivos para não autorizar a doação, estão: a não aceitação da manipulação do corpo, crença religiosa, medo da reação dos parentes, desconfiança da assistência e a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica – quando se crê que é possível reverter o quadro. Por isso, falar sobre o assunto é o primeiro passo para se tornar um doador.

Além do doador ter a opção de informar em vida o seu desejo, a família também precisa comunicar à equipe médica sobre o ato. O processo inverso também é importante: os profissionais de saúde são parte essencial no diálogo com familiares e a sociedade como um todo.

A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, Patrícia Freire, também explica que, apesar dos números de doações estarem cada vez maiores, a lista de espera por um transplante continua grande. “Conversar sobre o tema é uma forma de quebrar barreiras, fortalecer a confiança e saber do desejo de cada um. Um dia, a família que doou órgãos pode precisar de um doador”, lembra.

*Com contribuição do Ministério da Saúde

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