Brasil deve recuperar certificado de eliminação de sarampo

Vacina sendo segurada

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O Brasil está no caminho para recuperar nos próximos meses o certificado de eliminação do sarampo, conforme afirmou Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Em 2019, o país perdeu o certificado devido a um surto da doença, que havia sido adquirido em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) após a eliminação do sarampo. As Américas foram o primeiro continente a receber um certificado regional de eliminação da doença, mas surtos no Brasil e na Venezuela levaram à suspensão da certificação regional em 2018, de acordo com Barbosa.

Recentemente, uma comissão da Opas constatou que a Venezuela interrompeu a transmissão do sarampo, restando apenas o Brasil para que o continente seja novamente considerado livre da doença. Barbosa expressou otimismo, observando que o Brasil não registra novos casos diagnosticados há um ano e espera que a comissão de verificação possa recertificar o país nos próximos meses. No contexto brasileiro, as vacinas para sarampo, rubéola e caxumba são frequentemente administradas por meio da vacina tríplice viral, aplicada em duas doses. Contrariando afirmações de movimentos antivacina, pesquisadores destacam a eficácia reconhecida dessas vacinas, ressaltando que os efeitos colaterais são raros e muito menores em comparação aos riscos de contágio. Para alcançar a eliminação ou interrupção da transmissão da doença, é essencial manter uma cobertura vacinal elevada, em torno de 95% ou mais, enfatizam os especialistas.

No contexto global, mais de 17 mil casos foram relatados em todo o mundo em janeiro e fevereiro de 2022, em comparação com 9.665 registrados durante os dois primeiros meses de 2021. Por ser uma doença altamente contagiosa, os casos tendem a aparecer rapidamente quando os níveis de vacinação diminuem. De acordo com a OMS, interrupções nas campanhas de vacinação e no funcionamento de serviços de saúde, crescentes desigualdades no acesso a vacinas e o desvio de recursos da imunização de rotina estão deixando muitas crianças sem proteção contra o sarampo e outras doenças.

Foto: Reprodução/Internet

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