Avanço: Brasil deixa lista de país endêmico para sarampo

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Após 74 semanas sem confirmação de novos casos, o Brasil teve seu status elevado de “país endêmico” para “país pendente de reverificação” do sarampo, conforme anunciado na Terceira Reunião Anual da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, promovida pela OPAS/OMS em Brasília.

Desde 2020, o país registrou uma queda significativa nos casos de sarampo: 20.901 em 2019, 8.100 em 2020, 670 em 2021 e 41 em 2022, sendo o último caso confirmado em junho no Amapá. O Ministério da Saúde colabora com estados e municípios para conter a circulação do vírus, especialmente nos estados mais afetados em 2022: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2023, foram investidos R$ 724,1 milhões em ações de vigilância, laboratórios, imunobiológicos, capacitações e imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.

A nova condição possibilita que o Brasil inicie o processo de recertificação como país livre de sarampo, categoria retirada em 2019. O intenso fluxo migratório de países vizinhos, combinado com baixas coberturas vacinais em vários municípios em 2018, permitiu a reintrodução do vírus em 2022. O Brasil havia recebido a certificação de país livre da doença em 2016.

O sarampo é uma doença viral aguda, transmitida principalmente através do contato direto com gotículas expelidas por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Caracteriza-se por febre, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza e conjuntivite. Embora muitos associem o sarampo a uma condição infantil, a doença pode afetar pessoas de todas as idades. Uma vez considerado eliminado no Brasil em 2016, encontrou espaço para retornar devido a fatores como o intenso fluxo migratório de países vizinhos e a baixa cobertura vacinal em alguns municípios em 2018. Essa combinação permitiu a reintrodução do vírus, desafiando os esforços anteriores de erradicação.

Foto ilustrativa: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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