Passa a vigorar no Brasil a nova lei que determina que produtos com alto teor de sal, gordura saturada e açúcar adicionado precisam conter essa informação em evidência no rótulo. A nova medida vale para alimentos e bebidas fabricados a partir de outubro do ano passado. Todavia, poucos produtos nas prateleiras ainda estão atualizados.
A exigência para que as indústrias coloquem de forma altamente visível serve para dar ao consumidor a possibilidade de reconhecer quando o produto pode ser prejudicial ao seu organismo, principalmente para quem enfrenta sérios problemas de saúde, fazendo a escolha mais adequada. Segundo uma pesquisa efetuada pela USP, nos últimos 11 meses a quantidade de produtos com rótulos adequados vem crescendo, no entanto está muito abaixo do que determina a Anvisa. Só em setembro deste ano, apenas 30% dos alimentos que deveriam ter o selo estavam adequados. Entre as bebidas mais consumidas pelo brasileiro, como refrigerantes e sucos, somente 5% tinham o rótulo adequado.
Vale ressaltar que a Anvisa ainda afirmou que a adoção do novo rótulo deve ser implementado completamente até outubro de 2025, já que quem produz bebidas em embalagens retornáveis tem um prazo superior. A tabela deverá ser posicionada próxima à lista de ingredientes, em local de fácil visualização e sem ruídos. A exceção fica para os produtos pequenos, com rótulos menores que 100 cm². Nesses casos, a tabela poderá ser apresentada em áreas encobertas – mas ainda acessíveis.
Conforme a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com quase 17 milhões de pessoas entre 20 a 79 anos, perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chegue a 21,5 milhões. Através do novo rótulo em todas as embalagens, espera-se que a população produza mais atenção nos alimentos consumidos e possam estabelecer um limite adequado, assim como em sal e gordura.
