O refluxo gastroesofágico se caracteriza pela repetição involuntária do retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, ocasionando sintomas desagradáveis, tais como queimação, dores abdominais, regurgitações e arrotos frequentes.
Diante desse desconforto, muitas pessoas buscam alívio rápido através da utilização de medicamentos. Entretanto, um estudo publicado na revista Neurology revela que alguns medicamentos destinados ao tratamento da azia podem estar associados a um aumento do risco de desenvolvimento de demência. Dentre os medicamentos empregados no tratamento do refluxo, destacam-se os inibidores da bomba de prótons, comumente conhecidos como IBPs. É importante ressaltar que esses medicamentos têm sido frequentemente associados a um aumento no risco de complicações, como insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais (derrames) e uma possível redução na expectativa de vida em decorrência de diversas doenças.
Conforme divulgação da pesquisa, indivíduos com 45 anos de idade ou mais que fizeram uso de remédios para refluxo em excesso, para aliviar os sintomas de azia por um período superior a quatro anos, apresentaram um risco 33% mais elevado de desenvolver demência em comparação com aqueles que jamais utilizaram os medicamentos. Os estudiosos detectaram que a carência de vitamina B12 e as dificuldades no metabolismo da proteína amilóide, associada à doença de Alzheimer, podem estar relacionadas ao uso em excesso do remédio e ao desenvolvimento da demência.
Por isso é fundamental que a sociedade tenha o hábito de ir ao médico e conscientizar sobre os perigos do uso indiscriminado de medicamentos no cotidiano. Os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental ao orientar os pacientes sobre a dosagem correta e a importância de buscar uma outra especialidade médica sempre que necessário.