Saiba como funciona o método que previne o HIV no mundo

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Ao longo de 40 anos da epidemia de HIV, mais de 40 milhões de pessoas perderam a vida devido à Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS). Durante esse período, diversos métodos de tratamento foram desenvolvidos, incluindo a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição). Conforme o Instituto Butantan, essa abordagem contribuiu para uma diminuição de 11,1% no número de infecções no Brasil.

A PrEP consiste no uso regular de dois medicamentos antivirais, tenofovir e entricitabina, para prevenir a contaminação em casos de exposição ao vírus HIV. Atualmente, mais de 100 mil brasileiros adotam essa terapia, indicada pelo Ministério da Saúde para pessoas mais expostas ao vírus, como aquelas com histórico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) ou que mantêm relações sem preservativo com múltiplos parceiros.

Um estudo de 2010 revelou que a PrEP reduziu em 44% a prevalência do HIV, influenciando a adoção do novo protocolo incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2018. Após alguns anos, esse método continua sendo uma estratégia eficaz de prevenção, com quase 100% de eficácia. Entre 2019 e 2021, o Brasil registrou uma redução de 11,1% nos casos anuais, passando de 46 mil para 40,8 mil.

Apesar dos resultados positivos da PrEP, uma parcela significativa de pacientes abandona o tratamento devido à necessidade de administração diária dos comprimidos. O esquecimento regular pode comprometer a eficácia e expor a pessoa à infecção, com uma taxa de descontinuidade da terapia de 29%, conforme dados do Ministério da Saúde.

Contudo, já existe uma opção de tratamento alternativa. O cabotegravir, aprovado pela Anvisa em julho, pode ser injetado a cada dois meses e demonstrou ser mais eficaz do que os comprimidos.

Apesar dos avanços em tratamentos e estratégias de prevenção, como a PrEP, a busca por uma vacina enfrenta obstáculos, principalmente devido à rápida mutação do HIV. Projetos recentes, incluindo uma vacina da Janssen, mostraram-se ineficazes. No entanto, uma iniciativa com a participação de especialistas de 16 instituições em todo o mundo, da qual Esper Kallás faz parte, está dedicada à pesquisa da cura do HIV.

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