Novo medicamento contra tuberculose será ofertado pelo SUS, saiba detalhes

Remédios brancos

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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai incorporar um medicamento que reduz em 70% o tempo de tratamento da tuberculose resistente. Conhecido pelo nome pretomanida, a estimativa é que esse poderoso remédio reduza de 18 para 6 meses no tempo de tratamento das pessoas – o que significa uma queda de quase 70%. Entre os benefícios, também está a administração via oral, facilitando a adesão dos pacientes e exigindo menos visitas de acompanhamento.

Conforme a ministra da Saúde, Nísia Trindade, “a incorporação de medicamentos que facilitam a vida dos pacientes e atuam de forma substancial no tratamento da tuberculose fortalecem ainda mais o SUS, um sistema que é referência para o mundo inteiro”, destaca. Além disso, ela também defende que o Brasil tem desenvolvido uma frente ampla de combate à tuberculose e outras doenças com interações sociais.

A tuberculose é um grave problema de saúde pública no Brasil e os principais beneficiados com a incorporação da pretomanida, recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), são pacientes com tuberculose resistente às opções terapêuticas até então disponibilizadas na rede pública de saúde. Ou seja, pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), tuberculose multidrogarresistente (TB MDR) e pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR). A oferta de esquemas de tratamento com a pretomanida é recomendada pela OMS por que, além de mais caro, o tratamento com os outros medicamentos é mais longo e causa mais efeitos adversos. Para se ter uma ideia, em 2020, quase metade dos pacientes com tuberculose resistente não tiveram sucesso no tratamento. A recente inclusão promove um avanço neste atual cenário.

Conforme dados do Ministério da Saúde, por ano, a tuberculose afeta mais de 80 mil pessoas no Brasil e a estimativa é que ocorra mais de 5,5 mil mortes devido à doença. Em 2022, cerca de 770 novos casos de tuberculose resistente a medicamentos foram diagnosticados no SUS. O Brasil faz parte dos países prioritários para enfrentamento da doença, elencados pela OMS, e está entre as 30 nações do mundo com maior índice de transmissão da doença. Ainda conforme o órgão, o compromisso do governo brasileiro é reduzir até 2030 a incidência de tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil habitantes –  no ano passado foi de 36 por 100 mil hab., além de zerar o número de famílias afetadas pela doença.

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