Cortar ou não os carboidratos? Eis a questão que se propôs a analisar um estudo da Universidade de Nagoya, no Japão, que acompanhou mais de 80 mil pessoas, a maioria mulheres, durante nove anos. A sensata revelação: tanto o exagero quanto a escassez de carboidrato estão relacionados à mortalidade precoce.
A receita se pauta pelo bom senso, diga-se logo de cara, mas cabe examinar os achados da pesquisa, e eles diferem de gênero para gênero. Entre homens, a probabilidade de morrer mais cedo foi verificada entre os que consumiam menos de 40% de sua energia diária vinda de carboidratos. Entre as mulheres, o perigo se elevava à medida que a ingestão do nutriente superava 65% da cota diária de comida.
Na análise, tanto os carboidratos simples – aqueles que preenchem produtos feitos com farinha branca – como os complexos, oriundos de vegetais e alimentos integrais, pesaram no desfecho. O resultado surpreendeu nutricionistas e médicos, que costumam ligar apenas pães, massas e companhia a problemas de saúde.
O fato é que o trabalho japonês suscitou intenso debate, além de ter despertado críticas especialmente da ala que defende a abordagem low carb.
Fonte: Veja