Insônia crônica: entenda o problema que gera desgastes em milhões de pessoas

Mulher com dificuldade em dormir

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A insônia é caracterizada pela dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir. Quando esses sintomas persistem por pelo menos três noites por semana, durante três meses ou mais, considera-se insônia crônica. Ela difere da insônia ocasional, que é mais comum e geralmente está relacionada a eventos pontuais, como o estresse de curto prazo.

Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), a insônia crônica é caracterizada por uma média de duração de aproximadamente três anos e pode afetar de maneira recorrente entre 56% e 74% dos pacientes ao longo de um ano. Além disso, em 46% desses casos, a insônia crônica se manifesta de forma contínua, o que aumenta a probabilidade de riscos associados ao desenvolvimento de outras doenças, como ansiedade, depressão e problemas nos órgãos.

De acordo com a ABS, a identificação da população afetada pela insônia é influenciada por fatores como idade, gênero e fator socioeconômico. A condição é mais prevalente entre as mulheres, e a influência hormonal pode contribuir para o desenvolvimento do problema, já que os índices de insônia começam a aumentar nas mulheres a partir da puberdade, em comparação com os homens. Além disso, a insônia é mais frequentemente diagnosticada em idosos, possivelmente devido ao sono mais fragmentado nesse grupo etário e à presença de comorbidades que afetam seu funcionamento, tanto durante a noite, quanto durante o dia.

Vale também destacar que o problema é mais comum em indivíduos desfavorecidos socialmente, bem como entre os desempregados, aposentados e aqueles que passaram pela perda do cônjuge. Nestas situações, não é incomum que os pacientes sejam diagnosticados com transtornos psiquiátricos adicionais, com a insônia se manifestando como um sintoma secundário de outra condição. Nesse sentido, sintomas como a déficit de atenção, concentração, prejuízo do convívio social, familiar, ocupacional ou acadêmico, alteração do humor ou irritabilidade e alterações comportamentais costumam vir acompanhados pela doença crônica.

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