O cantor gospel Pedro Henrique, de 30 anos, faleceu na última quinta-feira (14) em Feira de Santana, Bahia, após sofrer um infarto fulminante durante uma apresentação, conforme registrado em vídeo.
Embora as doenças cardiovasculares sejam mais comuns em indivíduos com mais de 50 anos, houve um aumento significativo de 59% nos casos de infarto em pessoas com menos de 40 anos entre 2010 e 2019, aponta os dados do Ministério da Saúde. Fatores genéticos e congênitos representam riscos para doenças cardíacas, mas esses casos são raros e não explicam o aumento de incidências entre a população jovem brasileira.
Um dos aspectos mais agravantes é que, na população jovem, o infarto do miocárdico costuma ser fulminante, ou seja, mata nas primeiras horas, sem muitas possibilidades de salvamento ou tratamento complementar. Isso acontece porque as placas de gordura mais novas oferecem mais risco. Os sintomas de um ataque cardíaco nos jovens são diferentes dos que acometem os pacientes com idades avançadas: Eles são mais exuberantes, que surge como uma pressão ou queimação na região do tórax, chamada de dor torácica típica. Também pode ocorrer dor no peito irradiando para os braços, mandíbula, queixo e até mesmo costas.
Vale ressaltar que os médicos afirmam que um dos principais problemas do infarto é que costumam ser silenciosos, não apresentando qualquer sintoma. E a maioria das pessoas desconhece os indícios da condição, o que faz com que a incidência entre os mais jovens aumente drasticamente.
O estilo de vida pouco saudável adotado nas últimas décadas, caracterizado por má alimentação, diabetes, hipertensão, tabagismo e obesidade, está associado ao cenário preocupante. Globalmente, as doenças cardíacas são mais comuns em homens. Na juventude, ambos os sexos têm maior risco de morte após um evento cardíaco, como um infarto, devido às porções maiores do coração envolvidas nesses casos.
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