Recorrer a um doce ou lanche para aplacar a raiva ou se sentir recompensado no fim do dia. Quem nunca? Uma pesquisa do Instituto Ipec mostra que 64% dos brasileiros concordam que comer em excesso ajuda a lidar com a ansiedade e o estresse.
De fato, nossos estados afetivos influenciam o comportamento alimentar. Quando a vontade de comer impulsionada apenas pelas emoções surge, tem nome: é a fome emocional.
Em momentos específicos da vida, como o término de um relacionamento, é compreensível que ela apareça. Os filmes até ilustram com o personagem chorando enquanto come sorvete direto do pote.
Não existe uma métrica, mas os profissionais ouvidos por VivaBem concordam que existe um comer emocional aceitável, pois os alimentos desempenham um papel além da nutrição.
O comportamento é comum quando:
Ocorre diante de emoções intensas;
Aparece raramente, em situações pontuais;
Envolve sensação de merecimento após um momento desafiador
Sinais de alerta
Se a fome não é fisiológica —sinalizada por desconforto no estômago, que “ronca”, e falta de energia—, o alimento não é a solução.
A vontade de comer guiada pelas emoções vira preocupação quando:
Há má relação com a comida, com sentimentos negativos envolvidos;
A pessoa sente que “o dia acabou” quando o desejo pelo alimento não é saciado.
Há culpa ou qualquer desconforto emocional após comer o alimento.
Nessas ocasiões, a fome emocional pode ser confundida com compulsão alimentar, mas há diferença:
Fome emocional: busca prazer e satisfação por meio do alimento e não leva em conta a fome fisiológica. Há vontade exagerada (fissura) de comer um alimento específico e é mais comum o comportamento de “beliscar” pequenas quantidades de comida.
Fonte : VivaBem