Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisa de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da França indica que a programação das refeições ao longo do dia pode influenciar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Os pesquisadores examinaram dados de 103.389 participantes, dos quais 79% eram mulheres com uma média de 42 anos, buscando padrões associados aos horários de ingestão alimentar e a incidência desse tipo de doença.
Os resultados, provenientes dessa pesquisa em colaboração com a Sorbonne, revelaram que o risco de doenças cardiovasculares aumenta em 6% a cada hora de atraso na ingestão da primeira refeição diária. Por exemplo, aqueles que fazem a primeira refeição às 9h têm 6% mais probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que se alimentam às 8h. Similarmente, o risco aumenta em 28% para quem janta após as 21h, comparado àqueles que jantam antes das 20h.
O estudo destaca que a duração do jejum noturno também está correlacionada a uma redução do risco de doenças cardiovasculares. Indica que aqueles que adotam um intervalo maior entre a última refeição de um dia e a primeira do próximo apresentam menor propensão a essas doenças. Em conjunto, esses achados sugerem que a prática ideal para diminuir os riscos está relacionada a realizar a primeira e a última refeições em horários mais precoces.
O estudo ressalta a relevância desses padrões alimentares, considerando que aproximadamente 7,9% das 18,6 milhões de mortes por doenças cardiovasculares registradas em 2019 são atribuíveis à dieta, conforme evidenciado pelo estudo Global Burden of Disease. Nesse ano, as doenças cardiovasculares foram a principal causa de morte em todo o mundo.
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