Europa vive surto de sarampo, enquanto Brasil não enfrenta o problema; saiba o motivo

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O Brasil vive uma certa calmaria quando o assunto é sarampo. Segundo o Ministério da Saúde, não foram registrados novos casos da doença desde 2022, e a cobertura vacinal subiu mais de 10% nos últimos dois anos.

Enquanto isso, em outras partes do mundo, como na Europa e em alguns lugares dos Estados Unidos, a situação é oposta, com uma crescente onda de casos e até mesmo mortes. Na Europa, houve um aumento de 45 vezes no número de infecções pelo vírus. A situação epidêmica levou a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido a classificar o sarampo como um “incidente nacional”.

O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Europa classificou o aumento de casos de sarampo no continente como “alarmante” em dezembro do ano passado. Em 2023, foram registradas 42,2 mil novas infecções por este vírus nessa região, enquanto no ano anterior haviam sido menos de mil casos. A OMS aponta que a taxa de novos pacientes acelerou recentemente e deve continuar a subir se “medidas urgentes não forem tomadas para prevenir o espalhamento futuro”.

As autoridades europeias calculam ser necessário vacinar pelo menos 95% da população para garantir a imunidade de rebanho, impedindo surtos e epidemias. Entre os fatores para o baixo índice de vacinados, estão a pandemia de covid-19, que atrapalhou o calendário de imunização, e a disseminação de notícias falsas sobre as vacinas.

Nos Estados Unidos, embora em menor escala, também foram registrados casos da doença nas últimas semanas, com 23 diagnósticos espalhados por alguns estados.

Em contraste, em 2016, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) certificou o Brasil como livre do sarampo, após décadas de campanhas de vacinação e programas de vigilância. No entanto, o país viu um ressurgimento dos casos a partir de 2018, atingindo mais de 20 mil infecções em 2019.

Desde então, a cobertura vacinal tem sido crucial para manter o controle sobre a doença. Após anos de queda nas taxas de vacinação, o Brasil viu uma melhoria a partir de 2022, alcançando uma cobertura de 85,6% no ano passado, o que representa um avanço significativo na prevenção do sarampo.

Embora o Brasil tenha conseguido manter a doença sob controle nos últimos anos, é essencial permanecer vigilante e garantir que a vacinação continue sendo prioridade para evitar surtos no futuro.

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