Estudo aponta que morte por diabetes está associada à desigualdade social

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Pesquisa mostra que a mortalidade por diabetes no Brasil está associada a fatores socioculturais, com forte impacto na concentração de renda e baixa escolaridade no número de mortes pela doença. O estudo foi divulgado por estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) na Revista Latino-Americana de Enfermagem.

Os cientistas analisaram dados de 601 mil óbitos relacionados com diabetes mellitus, doença crônica que afeta como o corpo processa o açúcar do sangue – de 2010 a 2020, conforme registros do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). De 2010 a 2020, a taxa de mortalidade por diabetes de brasileiros com até três anos de estudo foi duas vezes maior do que a taxa de mortalidade geral, com 59,53 mortes a cada 100 mil habitantes.

Outra evidência é que pessoas pardas também estão entre as mais afetadas, com 36,16 mortes a cada 100 mil habitantes. As regiões com as maiores taxas de mortalidade são Nordeste e o Sul, com destaque para os estados de Pernambuco e Paraíba.

O estudo ainda aponta que há mais mortes de mulheres do que em homens pela doença – 32 contra 27 mortes por 100 mil habitantes. Locais com cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) apresentaram taxas de mortalidade mais altas. O Brasil abriga o maior número de pessoas com a doença na América Latina e, no mundo, ocupa o quinto lugar, o que evidencia o retrato sociocultural como grande fator de produção em mortalidade da população.

Foto: Reprodução/Internet

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