Erros da gestão municipal coloca a saúde de Madre de Deus em risco

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Os agentes comunitários de saúde (ACS) e endemias (ACE) de Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, foram à Câmara Municipal, na última terça-feira (8), cobrar a aprovação de um projeto do Poder Executivo Municipal, que prevê incentivos para a categoria, que mesmo sem condições adequadas de trabalho, conseguiu bater a meta de 80% de visitas a imóveis estipulada pelo Ministério da Saúde.

A medida, apesar de já estar na Casa, foi enviada pelo prefeito Dailton Filho (PSB) com uma série de erros, o que impossibilita a apreciação pelos vereadores.

“Se fosse aumento do salário do prefeito, dos secretários e dos vereadores, nós esperávamos a Casa esvaziar e fazíamos uma sessão extraordinária para votar e publicar depois. Agora, quando é os agentes de saúde e endemias, que estão na casa da população, que nos ajudou muito com a pandemia da Covid-19, a Prefeitura insiste em não revisar o projeto, retardando a aprovação nesta Casa”, explicou o vereador Marden Lessa (PSB).

Profissionais com trabalho excessivo

Entre as reivindicações da categoria, está a realização de um concurso público para a ampliação do quadro de funcionários, uma vez que as condições de trabalho em que os agentes de saúde e endemias atuam não são as melhores.

Por conta da defasagem no número de servidores da área, alguns profissionais precisam atender a uma cota de famílias além do que está estabelecido pela legislação. Madre de Deus tem quase 20 anos que realizou o último concurso para a categoria.

A administração municipal já contratou uma instituição para a realização do certame. Trata-se da Fundação Luís Eduardo Magalhães, que ficará responsável pela organização e aplicação do processo seletivo.

Secretária de Saúde ausente

Outro fato que tem chamado a atenção é a ausência da secretária de Saúde do município, Sallete Guimarães. De acordo com moradores e lideranças comunitárias, a gestora só aparece na cidade para “bater foto” e, quando procurada para tratar das demandas de interesse local, nunca é encontrada.

“Os agentes não têm uma máscara, não têm um Equipamento de Proteção Individual (EPI), não sabe se estão adentrando em uma casa com alguém enfermo, com doença que pode transmitir para eles. E cadê a secretária de Saúde que não vem a esta Casa nos explicar o que está acontecendo?”, questionou Marden.

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