Casos de hepatite A crescem em regiões do Brasil, entenda a doença

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Os casos de hepatite A aumentaram em 2023 no Brasil, é o que confirma a A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). Conforme o órgão, os índices cresceram 56,2% no primeiro semestre – quando comparados ao mesmo período de 2022. Já na última semana, só no estado de São Paulo, o aumento foi de 144%.

O número se explica parcialmente pelo aumento da quantidade de exames realizados, uma vez que foram efetivados 382 mil testes no primeiro semestre de 2022 e 463 mil em 2023. No entanto, o crescimento dos exames foi de 21%, menos da metade do aumento registrado nos diagnósticos. Além de São Paulo, outras regiões do país têm realizado alertas sobre o contexto de vulnerabilidade social, já que a hepatite A oferece grande risco.

Também neste ano, Florianópolis contabilizou 113 registros da doença, uma alta ainda mais expressiva, de 927,3%, em comparação com os casos 11 relatados em todo 2022. Já ePorto Alegre, a alta nos primeiros seis meses deste ano foi de 508% em comparação com o mesmo período do ano passado, pulando de 23 para 117 casos confirmados.

A hepatite A é uma infecção viral que proporciona grandes prejuízos, principalmente ao fígado. A transmissão é realizada por meio do contato com partículas das fezes contaminadas. Dessa forma, regiões com o saneamento básico escasso costumam ter mais casos confirmados. A contaminação também pode acontecer durante o sexo anal desprotegido, o que alerta para todo o cuidado na hora da relação.

Muitas vezes, o indivíduo contaminado não apresenta sintomas e quando os primeiros aparecem, são inespecíficos. O paciente infectado pode ter fadiga, febre, dores musculares e problemas gastrointestinais que vão de enjoo a diarreia. Em casos mais severos, quando não tratado, a urina fica escura e a pele e os olhos amarelados. Vale ressaltar que em alguns casos a hepatite pode se tornar fulminante – levando a falência muito rápida do fígado – sendo a vacina o melhor método de cuidado e prevenção.

Dessa forma, levar a criança de 15 meses até os 5 anos de idade para a vacinação é essencial, evitando problemas no decorrer da vida: a administração ocorre em apenas duas doses. Além disso, é importante seguir uma série de recomendações sanitárias, como lavar as mãos frequentemente, limpar os alimentos e cozinhá-los, manter a higiene íntima e sempre usar camisinha durante o sexo.

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