Pesquisa realiza detecção de efeitos gerados pela Covid longa

Cientista analisando medicamentos

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Uma pesquisa recente realizada por cientistas do Hospital Universitário de Freiburg, na Alemanha, revelou pela primeira vez que indivíduos que sofrem com a Covid longa apresentam distinções cerebrais em comparação àqueles que se recuperaram completamente da Covid-19.

A Covid longa refere-se à condição na qual as pessoas, após uma infecção pelo Sars-CoV-2, não recuperam totalmente os sintomas mesmo após a fase aguda. Sintomas como confusão mental, dificuldade de concentração, fadiga e anosmia podem persistir. Estima-se que de 10% a 25% dos pacientes possam desenvolver a comorbidade com duração que pode se estender por meses ou até anos.

Os resultados foram obtidos por meio da utilização de uma nova técnica de ressonância magnética chamada Imageamento de Microestrutura por Difusão (DMI), que se mostra mais sensível do que a ressonância convencional para detectar alterações sutis na estrutura cerebral. As imagens revelaram um padrão específico de mudanças na microestrutura cerebral em várias regiões devido à Covid-19, sendo esses padrões distintos entre os dois grupos. No entanto, vale destacar que não foram observadas perdas de volume ou outras lesões associadas aos sintomas da Covid longa.

O estudo envolveu 173 participantes: 89 com Covid longa, 38 que se recuperaram da Covid-19 e 46 saudáveis sem histórico da doença. Os cientistas conseguiram identificar redes cerebrais afetadas associadas a sintomas notórios, como anosmia, fadiga e problemas cognitivos. Essa descoberta sugere uma base patofisiológica para a síndrome, e os cientistas planejam reexaminar os participantes para monitorar sintomas e mudanças cerebrais ao longo do tempo.

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