Estima-se que 15% da população brasileira sofra com algum tipo de doença reumática, o que equivale a mais de 30 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde. Entre as condições mais frequentes estão a osteoartrite, fibromialgia e artrite reumatoide – o que geram além de dor e muito desconforto, diversas limitações funcionais.
Segundo especialistas, as doenças reumáticas (ou reumatismo), são compostas por diferentes distúrbios que afetam o sistema locomotor e comprometem também outros órgãos, como o coração e intestino. Estima-se que dores nas articulações, ligamentos, músculos, cartilagens, ossos e tendões sejam mais pertinentes – no entanto, pesquisadores alertam que há também doenças reumáticas que podem progredir de forma silenciosa, como a osteoporose – o que necessita de um acompanhamento médico regular para evitar o agravamento da doença, já que a demora no diagnóstico pode prejudicar o tratamento.
Ao contrário do que se deduz no popular brasileiro, as doenças reumáticas não são exclusividade dos idosos/adultos e, quando diagnosticadas precocemente, podem deixar de evoluir. Caso não sejam tratadas, essas enfermidades costumam causar uma série de limitações e levar à incapacidade física, provocando o afastamento do trabalho e uma rotina monótona, gerando transtornos mentais como depressão e ansiedade – uma vez que a pessoa perde totalmente a vida que levava antes. O problema tem um forte impacto no sistema de saúde do País: só entre setembro de 2019 a agosto de 2020, mais de 100 pessoas por dia foram internadas em hospitais alinhados ao SUS com sinais compatíveis de enfermidade reumática, evidencia a pesquisa DataSUS.
É muito comum que o paciente confunda a dor das doenças reumáticas com outras, como através do mau jeito em atividades físicas, faxina, ou esforço repetitivo. Por isso, é muito importante que o médico avalie a história clínica do paciente para poder determinar se a queixa foi ocasionada por uma dor pontual ou inflamatória, entrando com medicamentos modificadores da doença e, se necessário, imunobiológicos.
Foto: Reprodução/Internet