Dia da Consciência Negra: doença falciforme acomete a maioria dessa população

Duas pessoas negras dando as mãos

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A doença falciforme, condição genética hereditária que afeta a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, apresenta uma prevalência maior na população negra, e compreender os motivos por trás dessa disparidade é crucial para enfrentar os desafios associados a essa enfermidade, principalmente nesta segunda-feira (20) que se comemora o dia da Consciência Negra.

A anemia falciforme é uma condição hereditária, podendo ser transmitida de pais para filhos quando ambos os genitores possuem o traço da doença. Estima-se que, atualmente, há entre 60 mil e 100 mil pacientes com Doença Falciforme no País – originada por uma mutação genética, essa condição provoca uma alteração no formato das hemácias, que adquirem uma forma de meia-lua ou foice. Essa alteração compromete a produção da hemoglobina, a proteína responsável por conferir a cor vermelha ao sangue e pelo transporte de oxigênio pelo corpo. A anemia falciforme é caracterizada por lesões vasculares e anormalidades na coagulação, manifestando-se por sintomas como dores intensas pelo corpo e sensação de cansaço.

O Ministério da Saúde considera a doença um desafio de saúde pública no Brasil, dada a sua significativa incidência nas populações negra e parda. Especialistas médicos esclarecem que a patologia tem origem genética e, se um dos pais apresentar traços falciformes, há a possibilidade de o filho herdar a doença. Além de evidenciarem que a anemia falciforme na população negra está associada a uma mutação genética que teve origem no continente africano, sendo introduzida no Brasil durante o período da escravidão.

Vale ressaltar que essa população muitas vezes enfrenta disparidades no acesso a cuidados de saúde. O diagnóstico precoce e o gerenciamento adequado da doença falciforme demandam recursos médicos, e as desigualdades no sistema de saúde podem impactar adversamente o tratamento desses pacientes. Por isso investir em pesquisa para compreender melhor os mecanismos da doença, bem como desenvolver terapias mais eficazes, é crucial para a busca por tratamentos personalizados e atuais – melhorando significativamente a qualidade de vida dos afetados.

Foto: Reprodução/Internet

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