Apesar do número alarmante de casos de diabetes no Brasil, a falta de informações sobre a doença ainda prevalece em níveis alarmantes, afirmam especialistas em audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara do Deputados no início deste mês. Em 2021, 6,7 milhões de mortes foram causadas pela doença, atingindo a marca de uma morte a cada cinco segundos.
Conforme o novo relatório, o Brasil é hoje o segundo país no mundo com maior número de mortes em decorrência de diabetes tipo 1 não diagnosticado. A doença também é responsável por uma redução expressiva na expectativa de vida do paciente: são 25 anos a menos, o que significa que essas pessoas alcançam apenas os 52 anos de idade. Para os especialistas, a situação é ainda pior de acordo com a região. Em alguns estados brasileiros, pessoas com diabetes podem ter uma redução ainda mais drástica e incisiva: sendo de 48 anos no período de vida saudável. Uma das complicações mais frequentes associadas são as doenças cardiovasculares.
O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, frequentemente diagnosticado em crianças e jovens adultos, onde o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. A insulina é essencial para a regulação do açúcar no sangue, e a falta dela no corpo dos pacientes com a comorbidade resulta em altos níveis de glicose. Por outro lado, o diabetes tipo 2 está fortemente associado ao estilo de vida e genética. Neste caso, as células do corpo desenvolvem resistência à insulina, tornando-a menos eficaz na regulação dos níveis de glicose. O diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, especialmente aqueles que levam uma vida sedentária, têm uma dieta desequilibrada e estão acima do peso.
