Denúncias persistentes sobre o Planserv tem mobilizado o Ministério Público da Bahia para averiguar o serviço de saúde prestado. A promotora de Justiça Rita Tourinho realizou uma nova audiência na última quinta-feira (17) com os gestores dos maiores hospitais privados da Bahia (HBA, Português e Santa Izabel), que relataram sobrecarga de atendimento e diversos impasses no cotidiano.
Com mais de mil queixas registradas sobre dificuldades para realizar exames, continuidade a tratamento oncológicos, médicos que não aceitam operar pelo plano e tão pouco realizar consultas, o órgão também efetuou uma outra reunião no dia 7 de agosto com representantes de Sindicatos de Servidores Públicos Estaduais e também de representantes do Planserv, apurando os problemas em precariedade do atendimento. Desta vez, novas abordagens foram levantadas e os representantes evidenciaram dificuldades gerais.
Dentre as queixas trazidas na última reunião, os gestores informam que o plano precisa de mais suporte na rede emergencial e que os pacientes, em qualquer situação, deslocam-se para as urgências e emergências dos hospitais sem antes passar por atendimento primário, o que causa uma sobrecarga no atendimento – uma vez que a triagem é inteiramente importante para manter o serviço regular.
Em contrapartida, a coordenadora do Planserv, Socorro Britto, chegou a dizer no início deste mês que medidas são realizadas para resolver o impasse, como o credenciamento de mais de 70 novas clínicas e hospitais, bem como apresentando propostas e projetos para ampliar o serviço, a exemplo do Hospital do Servidor. Ao todo, mais de 500 mil pessoas são atendidas pelo plano de saúde e relatam debilidades no serviço desde que a contratação da empresa Maida Haptech Soluções Inteligentes Ltda passou a integrar a gestão do Planserv no final de 2022.
Estima-se que uma nova audiência pública seja marcada para o mês de setembro para dar continuidade ao caso.
