Mais duas pacientes relataram novas denúncias contra o médico ginecologista acusado de assédio durante uma consulta no centro médico do plano Caixa Assistência dos Empregados do Baneb (Casseb), em Salvador. O primeiro caso denunciado já está sendo investigado pela polícia.
As duas mulheres que fizeram as novas denúncias preferiram não revelar a identidade. Elas se consultaram com o ginecologista Elziro Gonçalves de Oliveira há mais de 10 anos e tiveram medo de denunciar o caso para a polícia antes. Os dois casos também começaram a ser investigados pela Polícia Civil.
A corretora de imóveis, de 41 anos, alegou que o ginecologista a examinou sem luvas e apontou que ele chegou a alisar as pernas dela. A vítima até chegou a registrar uma denúncia em uma urna no Casseb, porém nunca obteve algum retorno. As informações são do G1.
“Me identifiquei, cheguei a colocar meu telefone, mas nunca tive resposta. Naquela época fiquei esperando o retorno da Casseb. Fui tentando esquecer o sentimento de que fui abusada. Quando falou o nome, comecei a chorar, me tremer. Doeu em mim e veio a sensação de que realmente aconteceu e passei por aquilo. Durante 10 anos isso me perturba”, disse.
A outra mulher que denunciou o médico explicou que os abusos teriam começado durante consultas de revisão de uma cirurgia de plástica vaginal e histerectomia.
Ela afirmou que o médico pediu em outra consulta que a mulher não usasse o roupão.
O relato apontou também que o médico procurou a ex-paciente, através de uma ligação por telefone, para perguntar o motivo dela ter deixado de se consultar com ele.
Os dois casos foram denunciados e estão sendo investigados na Polícia Civil e no Conselho Regional de Medicina (Cremeb).
Em nota, o órgão disse que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional.
A direção do Casseb por meio de nota confirmou que apura o caso e disse que convidou a denunciante para ser ouvida três vezes, mas teve os pedidos negados. O órgão disse ainda que precisa escutar a paciente para continuar com as apurações.
As consultas previstas para o ginecologista pelo prazo de 30 dias foram suspensas pelo plano.
Fonte: Bahia Notícias