Nos primeiros 15 dias deste ano, o Estado do Amazonas confirmou mais da metade dos casos de febre oropouche registrados em todo 2023, levando a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) a emitir um alerta epidemiológico.
Foram confirmados 223 casos de febre oropouche nas primeiras duas semanas de 2024, em comparação com os 424 registros totalizados de janeiro a dezembro de 2023. Não há registro de mortes, segundo a FVS. A febre oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chicungunha, sendo as três doenças arboviroses, transmitidas pela picada de mosquito.
A diferença está no vetor, sendo o Culicoides paraense, conhecido como maruim, o principal na febre oropouche. No entanto, Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS, destaca que mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores. O ciclo selvagem envolve animais primatas e bicho-preguiça, enquanto no urbano, o ser humano é o principal hospedeiro.
Especialistas explicam que a transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito infectado, não havendo registro de transmissão de pessoa para pessoa. Os sintomas são semelhantes aos da dengue, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, náusea e diarreia. Durante o período sazonal das arboviroses no Amazonas, coincidindo com o período chuvoso, a nota técnica da FVS oferece orientações para as vigilâncias em saúde municipais, abordando cenário epidemiológico, sintomas, transmissão, diagnóstico, cadastro de amostras, tratamento, e medidas de prevenção e controle da febre oropouche.
O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, com a manifestação dos sintomas durando de cinco a sete dias. Conforme o alerta da FVS, a recuperação total pode levar semanas. Os casos atuais estão concentrados em adultos jovens, de 20 a 59 anos, com registros confirmados em todas as faixas etárias.
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