Câncer colorretal: obesidade e consumo excessivo de álcool estão entre os fatores que aumentam incidência da doença em jovens

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Um estudo recentemente publicado pela American Cancer Society (ACS), mostrou que até o final de 2023 cerca de 153 mil pessoas serão diagnosticadas com câncer colorretal nos Estados Unidos. No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o cenário também é de alerta: são esperados 45.630 novos casos anuais (entre 2023 e 2025) da doença no país. Na Bahia, o Instituto estima 1.940 novos casos da doença a cada ano do mesmo triênio.

Nos mais jovens, os riscos de desenvolvimento da doença também são um ponto de atenção. Dados da ACS mostram que 13% dos pacientes com a neoplasia possuem menos de 50 anos, representando um aumento de 9% desde 2020. Vale lembrar que as chances do surgimento de pólipos (lesões benignas que crescem na parede interna do intestino) são maiores após essa faixa etária.

Dentre os fatores que colaboram para o surgimento do câncer colorretal nos mais jovens, um estudo de 2022, publicado na Gastroenterology Journal, também apontou os principais riscos: o aumento da taxa de obesidade em crianças e adultos, principalmente entre 20 e 30 anos, podendo dobrar as chances do câncer colorretal de início precoce, e o consumo excessivo de álcool – que tem aumentado principalmente entre adultos com 30 anos ou menos.

“O câncer de intestino é um tumor associado ao estilo de vida. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e de carnes vermelhas, e o aumento da incidência de sobrepeso e obesidade na população jovem são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença entre pessoas com menos de 50 anos”, esclarece o oncologista Eduardo Moraes, do NOB – Oncoclínicas.

A pesquisa ainda indica que não é possível afirmar se ter nascido por cesariana, uso de antibióticos e certas exposições ambientais podem estar relacionadas ao risco de desenvolver câncer colorretal precocemente. Além disso, apesar da associação do consumo de bebidas açucaradas à doença, são necessários mais estudos que possam comprovar alterações.

A seguir, a oncologista Renata D’Alpino, co-líder da especialidade de tumores gastrointestinais do Grupo Oncoclínicas, explica as principais informações sobre o câncer colorretal.

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