Festas de final de ano: ganho de calorias é maior com bebidas alcoólicas do que alimentos

Comemoração final de ano

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As ceias de Natal e Ano Novo frequentemente ganham a reputação de serem prejudiciais para a dieta, mas especialistas explicam que o verdadeiro vilão geralmente não é a comida, mas sim o álcool.

Algumas pessoas combinam pratos como peru, salpicão, arroz e pudim com bebidas alcoólicas, resultando em ceias excessivamente calóricas. Por exemplo, um prato contendo esses itens pode ter quase a mesma quantidade de calorias que duas caipirinhas. É crucial lembrar que o álcool possui uma desvantagem inicial: é uma fonte de calorias vazias, sem nutrientes ou benefícios para o corpo, ao contrário dos alimentos. Além disso, o álcool é considerado uma substância tóxica, e não há uma dose segura para seu consumo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em um prato típico com 100 gramas de peru, salpicão, arroz e uma porção de 100 gramas de pudim, a refeição totaliza cerca de 600 calorias. Consumindo apenas duas caipirinhas, a ingestão calórica é de aproximadamente 500 calorias. O álcool, isoladamente, contém 7 calorias por grama, mais do que carboidratos e proteínas nos alimentos, que têm 4 calorias por grama, e se aproxima das gorduras, com 9 calorias por grama. No entanto, como o álcool está presente em bebidas, estas, em conjunto, tendem a ser mais calóricas. A quantidade de calorias adquiridas ao beber pode superar as provenientes da comida, mesmo em moderação, elevando a ingestão calórica sem benefícios nutricionais e causando outros prejuízos.

Embora haja a possibilidade de ganho de peso, os nutricionistas destacam que o período entre o Natal e o Ano Novo não é o momento crucial de preocupação, e a pressão estética associada às festas não deve ser exagerada em uma semana.

“As festas de final de ano são importantes, um momento de reunião com amigos e família, envolvendo bebidas e comidas com valores afetivos. Esses momentos de festas ocorrem uma vez no ano e não são os grandes responsáveis por uma ‘vida não saudável’ ou o ‘ganho de peso’”, explica a nutricionista Beatriz Pancotto, que atua no hospital da Beneficência Portuguesa em São Paulo.

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