Atualmente, no Brasil estima-se que mais de 1,76 milhão de pessoas tenham demência. O número deve continuar a crescer, podendo chegar a 2,78 milhões no final desta década. O novo estudo divulgado pela revista científica Journal of Gerontology aborda que pessoas com mais de 60 anos são as mais afetadas, sendo que de 40% a 60% desses casos são de Alzheimer.
Esse cenário demonstra que a doença deve ser compreendida como uma prioridade em saúde pública. Estimativas prévias sugerem que mais de 70% das pessoas com demência não estão diagnosticadas e essa estimativa está sendo revisada no Primeiro Relatório Nacional, que usará dados mais robustos de todo o País.
Demência é um termo usado para representar um grupo de doenças em que o indivíduo perde gradativamente a cognição e a capacidade de realizar atividades diárias, desde o planejamento até a execução de uma tarefa simples, o que torna difícil manter uma vida independente. No entanto, pesquisadores indicam que o diagnóstico precoce é essencial para garantir o melhor tratamento e disponibilizar mais qualidade de vida para quem enfrenta essa condição.
O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância magnética), além de uma avaliação neuropsicológica (expandida ou computadorizada). Não existe ainda um marcador biológico da doença, ou um exame único que o médico possa pedir e ter a segurança total do diagnóstico. No entanto, recentes avanços laboratoriais têm melhorado a detecção.
Foto: Reprodução/Redes Sociais