O hábito de uma alimentação desequilibrada gera grandes prejuízos à saúde, afirma os especialistas médicos – principalmente enfatizando os malefícios dos alimentos ultraprocessados, associados a riscos como câncer, doenças crônicas, obesidade, diabetes e demência. Produtos como bolos industrializados, pizzas congeladas, biscoitos recheados e refrigerantes podem trazer problemas sérios.
A relação entre hábitos alimentares, obesidade e câncer, especialmente intestinal, é destacada, com estudos indicando que dietas ricas em ultraprocessados aumentam o risco de câncer em várias partes do corpo. O aumento do consumo desses alimentos também está associado a um maior risco de agravamento e mortalidade, com percentuais específicos de câncer de tireoide e ovário. Normalmente, a composição destes alimentos é rica em sódio, gorduras e açúcar, o que não apresentam os nutrientes diários imprescindíveis para o bom funcionamento do organismo – o que fez o Ministério da Saúde disponibilizar um Guia Alimentar para a População Brasileira, onde afirma que alimentos ultraprocessados devem ser evitados.
Além do câncer, enfermidades como diabetes, esteatose hepática, doenças renais e cardiovasculares são correlacionadas ao consumo de ultraprocessados. Em crianças e adolescentes, essas dietas elevam os riscos de diabetes, colesterol alto e obesidade, contribuindo para problemas cardíacos e infertilidade na vida adulta. Embora a recente mudança na rotulagem de produtos com alto teor de gordura e sódio seja positiva, apontam-se a necessidade de outras políticas públicas, como a taxação de bebidas açucaradas, redução de impostos sobre produtos da agricultura familiar, expansão de feiras livres e hortas populares em áreas urbanas, aumento de espaços para atividade física em regiões periféricas e campanhas de prevenção de doenças crônicas.