DIIs: saiba mais sobre as doenças intestinais que afetam 5 milhões de pessoas

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O Maio Roxo é o mês que chama atenção para as doenças inflamatórias intestinais (DIIs), que, segundo dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), afetam mais de cinco milhões de pessoas no mundo e cuja prevalência vem aumentando no Brasil.

As DIIs representam o grupo de doenças inflamatórias do trato digestivo, de caráter imunomediado, cujos principais exemplos são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Segundo o gastroenterologista do Hospital & Clínica São Gonçalo, Dr. Eric Pereira, essas doenças acometem principalmente o trato digestivo e os principais sintomas são os gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia, sangue nas fezes, distensão e perda de peso. Porém também são observados os sintomas extra-intestinais e os gerais, como dor nas articulações, lesões nos olhos e na pele, anemia, febre, etc.

“É uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca o próprio organismo e ainda não se sabe o motivo.Fatores como estresse, alimentação, hábitos de vida, tabagismo e até o excesso de proteção podem estar envolvidos na taxa da doença”, explica o especialista.

Os pacientes com DIIs possuem um maior risco de carências nutricionais e precisam focar em uma nutrição reforçada de suplementos alimentares. É fundamental ter uma alimentação variada com boa qualidade proteica, tendo equilíbrio entre os carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais. Desta forma, a alimentação aliada ao tratamento medicamentoso auxilia no controle das crises.

Em relação à alimentação, Eric lembra que é preciso ter um cuidado redobrado, pois pode-se ter car~encias nutricionais, precisando inclusive de suplementos aliimentar.

“O tipo de alimentação varia muito se o indivíduo está em atividade de doença ou não, pois dependendo da região afetada pode ocorrer dificuldade na absorção intestinal, que pode piorar uma diarreia, por exemplo. Além disso, em alguns casos a perda de nutrientes é tão grande que o paciente pode ficar desnutrido”, alerta.

Por serem doenças crõnicas o tratamento precisa ser feito ao longo da vida, de forma constante e se difere dependendo da patologia.

“O tratamento é diferente entre a doença de Crohn e a RCU. A doença de Crohn tem um perfil de agressão diferente, podendo acometer da boca até o ânus e ainda envolver todas as camadas dos órgãos. A RCU só afeta o reto e intestino grosso, de forma um pouco mais superficial. O tratamento da doença de Crohn sempre vai ser com medicações que diminuem a imunidade (imunossupressores) enquanto que na RCU é bem menos frequente a necessidade dessa classe, sendo possível o uso de uma medicação “anti-inflamatória” intestinal”, explica.

Importante também lembrar que a prática da atividade física regular pode ajudar ao paciente ter uma qualidade de vida melhor, manejando além dos sintomas o estresse gerado pela doença.

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