Brasil deve ofertar vacina contra câncer de pele em 2025

Vacina sendo segurada

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Prometendo revolucionar os tratamentos oncológicos, a farmacêutica Moderna devem lançar uma vacina experimental contra o melanoma em 2025, conforme previsão do diretor-executivo da companhia, Stéphane Bancel. A possibilidade foi divulgada na última semana após ensaios clínicos do imunizante apresentarem avanços significativos.

Com tecnologia semelhante à utilizada na vacina contra Covid, o imunizante chamado ARNm-4157m, usa o RNA mensageiro, treinando o sistema imunológico do indivíduo imunizado contra o agente invasor. Desta forma, a novidade, considerada uma “vacina terapêutica”, tratará a doença ao invés de preveni-la, como fazem os imunizantes tradicionais. Para testar a eficácia do imunizante, um estudo reuniu 157 pacientes com melanoma avançado, administrando a vacina no grupo junto ao medicamento de imunoterapia Keytruda, do Laboratório Merck. Em comparação com a administração exclusiva do remédio, o ARNm-4157m apresentou redução do risco de morte ou recorrência da doença em 49% dos casos, monitorados ao longo de três anos.

Anteriormente, em 2022, a empresa já havia divulgado que, em um período de dois anos, o percentual de redução foi de 44%. “A diferença na sobrevivência está crescendo. Quanto mais passa o tempo, mais se vê essa vantagem […] Temos uma a cada duas pessoas que sobrevive em comparação com o melhor produto do mercado, o que, em oncologia, é enorme”, explicou Bancel, ressaltando que a taxa de efeitos colaterais do medicamento não aumentou. Vale ressaltar que o desenvolvimento da vacina envolve o sequenciamento do genoma do tumor de cada paciente e a identificação de mutações específicas para codificar, garantindo um tratamento “individualizado”.
Com os resultados animadores, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos decidiram acelerar o processo de aprovação condicional da vacina.

Antes de receber o aval, no entanto, a farmacêutica Moderna ainda realizará um estudo mais amplo no próximo ano, com a participação de mil voluntários. Por enquanto, a farmacêutica segue construindo uma nova fábrica em Massachusetts para cumprir o requisito de “fornecimento abundante”, estipulado pela FDA.

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