Um retrocesso! Após anos em queda, fumantes aumentam no Brasil

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Depois de anos comemorando avanços no combate ao tabagismo, o Brasil volta a enfrentar um cenário preocupante. Dados do Ministério da Saúde, divulgados neste 31 de maio — Dia Mundial Sem Tabaco — revelam que o número de fumantes cresceu 25% em 2024. O percentual de adultos que fumam subiu de 9,3% para 11,6%, voltando ao mesmo patamar de 2012. Homens ainda lideram (13,8%), mas o aumento entre as mulheres (9,8%) também chama atenção. Depois de tanto esforço, estamos assistindo a um retrocesso real.

É impossível ignorar o papel dos cigarros eletrônicos nessa nova onda. Os vapes surgiram como uma promessa “menos nociva”, mas acabaram se tornando porta de entrada para o vício, principalmente entre os jovens. Coloridos, aromatizados, fáceis de encontrar — mesmo proibidos —, eles se espalham sem controle pelas redes sociais, lojas informais e até em escolas. É como se estivéssemos travando uma guerra com armas ultrapassadas, enquanto uma nova ameaça cresce sem barreiras.

O que vemos é o reflexo da ausência de políticas públicas modernas e eficazes. O Estado precisa agir, e rápido. Não dá mais para fingir que está tudo sob controle enquanto adolescentes se viciam em nicotina aos olhos de todos. A sensação é de que estamos perdendo uma geração para um novo tipo de cigarro, mais disfarçado, mas igualmente perigoso. Se nada for feito, todo o avanço que conquistamos nas últimas décadas pode escorrer pelas mãos. E o preço disso será pago em vidas.

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