Técnica inovadora ajuda pacientes com ELA voltarem a falar

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Cientistas americanos divulgaram nesta quinta-feira, 24, na revista científica Nature os impressionantes resultados de uma técnica inovadora responsável por fazer duas pacientes com paralisia decorrente de ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica – voltarem a falar.

O que é Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a ELA causa degeneração cerebral, o que pode gerar paralisia, tremores e falta de sensibilidade.

“A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que gera a degeneração dos neurônios motores causando perda gradual do controle muscular, levando a fraqueza, atrofia e eventual paralisia dos músculos voluntários”.

“A degeneração ocorre na medula espinhal e no córtex motor, afetando funções motoras vitais como fala, deglutição e respiração. A ELA não tem cura, os tratamentos para a condição buscam melhorar a qualidade de vida e controlar sintomas dos pacientes” Explica Dr. Fabiano.

Como as pacientes voltaram a falar?
Os pesquisadores implantaram eletrodos nas regiões cerebrais responsáveis pela comunicação das pacientes e através deles conseguiram decodificar os sinais relacionados à fala em palavras na tela, em um dos casos um avatar foi usado para reproduzir também expressões faciais.

A técnica foi capaz de decodificar 62 palavras por minuto, um pouco atrás do ritmo natural de fala, que pode chegar a 160, ritmo que os pesquisadores buscam atingir com a tecnologia.

O tratamento para outras doenças
“Esse tipo de tecnologia está ganhando proporções cada vez maiores, já houveram estudos que decodificaram sinais cerebrais em imagens por exemplo, há técnicas que utilizam eletrodos cerebrais para reduzir tremores, como no Parkinson, ou estimular determinadas regiões cerebrais, melhorando suas funções”.

“As possibilidades e perspectivas para o desenvolvimento desta tecnologia são bastante promissoras e podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças neurodegenerativas” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.

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