Um novo estuda confirma que pessoas que enfrentam a covid por um tempo maior que o normal (7 a 10 dias), possuem maior probabilidade de apresentar algum dano em seus principais órgãos, aponta a pesquisa realizado no Reino Unido. Durante a pandemia da covid-19, havia a suspeita e relação desses elementos, mas a constatação foi realizada recentemente para trazer novas soluções aos pacientes.
As ressonâncias magnéticas revelaram que algumas pessoas tinham três vezes mais probabilidade de apresentar anomalias em vários órgãos, como pulmões, cérebro e rins, no qual os pesquisadores acreditam haver uma ligação com a gravidade com que a doença se desenvolveu em cada pessoa. A estimativa é que essa evidência bajude a promover tratamentos mais incisivos para a covid longa. A constatação levou em conta cinco meses da doença, sendo que após receberem alta do hospital, as ressonâncias magnéticas dos principais órgãos mostraram algumas diferenças significativas em comparação com um grupo de 52 pessoas que nunca tiveram covid, ou que possuíram a doença por um tempo normal.
Estima-se que o maior impacto foi constatado nos pulmões, órgão que os exames mostraram 14 vezes mais probabilidade de anormalidades. As ressonâncias magnéticas também apontam três vezes mais probabilidade de anormalidades no cérebro – além de duas vezes mais probabilidade nos rins – entre pessoas que tiveram covid grave. Não houve diferenças significativas na saúde do coração ou do fígado.
Os pesquisadores descobriram que alguns sintomas coincidiam com sinais de danos a órgãos revelados por exames de ressonância magnética, por exemplo, aperto no peito e tosse anormal. No entanto, nem todos os sintomas sentidos por quem vive com covid longa podem estar diretamente relacionados ao que foi observado nos testes. Aparentemente, as anomalias em mais de um órgão são mais comuns entre as pessoas que foram internadas no hospital e ainda relataram problemas de saúde física e mental após a recuperação da infecção inicial.