Salvador apresentou uma redução significativa nos principais indicadores de infestação do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — segundo o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 22 e 30 de abril de 2025. A pesquisa é uma ferramenta do Ministério da Saúde que ajuda a mapear as áreas com maior presença do mosquito e a orientar ações de controle e prevenção.
O LIRAa avalia dois indicadores principais: o Índice de Infestação Predial (IIP), que representa a porcentagem de imóveis com focos do mosquito, e o Índice de Breteau (IB), que indica o número de criadouros com larvas a cada 100 imóveis inspecionados. No último levantamento, o IIP caiu de 2,3% em abril de 2024 para 1,7% em abril deste ano, uma redução de cerca de 26%. Já o IB recuou de 2,7% para 1,9%. Apesar da melhora, os índices ainda colocam a capital baiana em situação de alerta, conforme parâmetros do Ministério da Saúde.
Durante o levantamento, foram inspecionados 43.564 imóveis, dos quais 759 apresentaram 847 criadouros positivos para o mosquito. Os Distritos Sanitários do Subúrbio Ferroviário, Liberdade e Cabula/Beiru foram classificados em situação de “Risco”. Em contrapartida, os distritos Barra/Rio Vermelho (62,5%), Brotas (60,0%), Cajazeiras (44,4%) e Cabula/Beiru (38,5%) registraram os melhores resultados, com maior percentual de estratos em situação “Satisfatória”.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça o papel dos agentes de combate às endemias, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e das equipes de campo na luta contra o mosquito. A pasta também destaca a importância da participação da população, lembrando que ações simples, como eliminar recipientes com água parada, manter caixas d’água tampadas e evitar o acúmulo de lixo, são essenciais para interromper o ciclo de reprodução do Aedes aegypti.
“A redução no índice de infestação predial é um reflexo do esforço conjunto entre as equipes de saúde, os agentes de combate às endemias e a população. É um avanço que merece ser reconhecido, mas que não nos permite baixar a guarda. O cenário ainda exige atenção e trabalho contínuo para que possamos manter Salvador protegida das arboviroses e avançar cada vez mais na prevenção. Combater o Aedes é uma responsabilidade coletiva. Cada ação conta — e pode salvar vidas”, afirmou Rodrigo Alves, secretário municipal de Saúde.