Saiba o que são opioides, medicamentos que causam grande dependência no mundo

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Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda de opioides no Brasil cresceu 500% de 2009 a 2015, impulsionada pela codeína e pela oxicodona —  QUE saltou de 1.601.043 prescrições para 9.045.945 nesse período.

Esses remédios, como morfina, codeína e oxicodona, são analgésicos que oferecem alto risco de dependência quando utilizados de forma recreativa ou sem o controle adequado de um especialista. No entanto, com a orientação correta, são recursos cruciais para o bem-estar de pacientes que enfrentam fortes dores, como os que têm câncer, estão em fase terminal ou recuperam-se de cirurgias. No entanto, muitos dos pacientes que migraram para o uso ilícito do medicamento e tornaram-se dependentes dele começaram a tomá-lo com prescrição médica, mas da forma errada.

“Definitivamente, houve um aumento no consumo de opioides no Brasil, mas não é possível dizer o que está impulsionando esse crescimento. Não sabemos ainda se é algo ruim — se são pessoas que estavam realmente precisando receber os remédios ou se há um consumo inadequado deles”, afirma ao g1 Noa Krawczyc, pesquisadora da Universidade de Nova York e membro do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides dos Estados Unidos.

Essa elevação nas vendas pode estar relacionada a uma conscientização dos profissionais de saúde em diminuir o sofrimento de pacientes ou à venda ilegal dos medicamentos, principalmente do fentanil – principal problema na crise americana. Em doses erradas (ou misturado à heroína), ele causa depressão respiratória e leva o usuário à morte. Não se sabe qual a dimensão do problema aqui no BrasiL – o primeiro grande alerta veio neste ano, quando em três meses a polícia fez três apreensões do medicamento no Espírito Santo, em locais ligados ao tráfico de drogas. O ópio, uma droga proveniente da flor da papoula, chegou a ser motivo de guerra entre países da Europa e da Ásia no século XIX, justamente por gerar dependência química e consequente lucro para o tráfico.

As propriedades analgésicas desses medicamentos poupam pacientes na UTI, por exemplo, de sentirem fortes dores. Já a pessoa que ingere de forma recreativa ou sem orientação médica, buscando a sensação de bem-estar trazida pela droga, corre um risco alto de desenvolver dependência.

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