A bronquiolite obliterante, conhecida popularmente como “pulmão de pipoca”, é uma doença pulmonar rara, progressiva e sem cura. Apesar do nome inofensivo, a condição é severa e está sendo cada vez mais associada ao uso de cigarros eletrônicos, especialmente os com sabores doces como manga, algodão-doce e chiclete. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o risco está na presença do diacetil, um aromatizante perigoso que compromete os pulmões.
A bronquiolite obliterante causa uma inflamação severa nos bronquíolos, que são as menores vias respiratórias dos pulmões. Com o tempo, essa inflamação leva à formação de cicatrizes e obstruções, reduzindo a capacidade respiratória. O paciente começa a sentir tosse seca persistente, falta de ar e cansaço ao realizar pequenas tarefas. Em muitos casos, o sintoma inicial é confundido com asma ou bronquite.
A origem do nome “pulmão de pipoca” remonta a casos registrados em funcionários de fábricas de pipoca de micro-ondas nos Estados Unidos. Esses trabalhadores foram expostos ao diacetil, uma substância usada para dar sabor artificial de manteiga. A inalação contínua do composto causou danos irreversíveis ao sistema respiratório. Hoje, o mesmo composto é identificado em líquidos de vapes, especialmente os aromatizados.
Os sinais da doença costumam se agravar com o tempo. Os principais sintomas incluem:
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Tosse crônica e seca
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Chiado no peito
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Falta de ar progressiva
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Cansaço excessivo mesmo em atividades simples
Quando a doença atinge estágios avançados, pode haver necessidade de transplante de pulmão. O quadro é sério e demanda acompanhamento médico especializado.