Mais de 100 cidades na Bahia admitem falta de imunizantes nos postos de saúde, conforme consta na segunda edição de uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Entre os 169 municípios da Bahia que responderam, 110 (65%) estão desabastecidos – o oitavo maior percentual do Brasil. O Ministério da Saúde (MS) nega que os repasses estejam defasados.
A segunda edição do estudo ‘Falta Vacina para Proteger as Crianças Brasileiras’ confirma tendência de falta de vacinas em cidades do interior.
Em setembro do ano passado, 119 cidades baianas disseram que os imunizantes estavam em falta. As vacinas mais ausentes, segundo as secretarias de saúde, são as que previnem catapora, febre amarela e meningite C.
A nota técnica nº 144 do Ministério pontua as razões para a falta de imunizantes em cidades do Brasil. No caso da catapora, houve problemas com “obstáculos regulatórios e de fabricação” do fornecedor. O MS buscou aquisição complementar através do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde. A expectativa é que mais doses sejam disponibilizadas neste ano.
Na pesquisa mais recente da CNM, realizada entre 26 de novembro e 12 de dezembro, 84 cidades baianas disseram que há falta de vacina contra catapora em postos de saúde.
O levantamento não informa quais são os municípios que enfrentam desabastecimento. Segundo a CNM, o objetivo da pesquisa é chamar atenção para um problema nacional e não expor as cidades que enfrentam o problema. Os estados com municípios em situação mais crítica são Santa Catarina, Ceará e Espírito Santo. Os percentuais de cidades desabastecidas são 87%, 86% e 84%, respectivamente.