Maio Vermelho: um alerta para a saúde do fígado 

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O mês de maio é marcado por diversas campanhas de saúde no Brasil, e entre elas destaca-se o Maio Vermelho, dedicado à conscientização e prevenção das doenças do fígado, também chamadas de doenças hepatológicas. A campanha visa chamar atenção para condições como as hepatites virais, a esteatose hepática (popularmente conhecida como “gordura no fígado”) e outras enfermidades que comprometem o funcionamento desse órgão vital.
Por que as doenças hepatológicas têm crescido?
Especialistas alertam para o aumento global dos casos de doenças do fígado por diversas razões ligadas ao estilo de vida moderno. Entre os principais fatores estão:
•Alimentação inadequada: o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e açúcar, contribui diretamente para o desenvolvimento da esteatose hepática.
•Sedentarismo: a falta de atividade física favorece o acúmulo de gordura no corpo e no fígado.
•Consumo de álcool: o uso abusivo de bebidas alcoólicas continua sendo uma das principais causas de cirrose hepática.
•Uso indiscriminado de medicamentos: muitos remédios, inclusive os de venda livre, podem sobrecarregar o fígado.
•Aumento da obesidade e diabetes: essas condições estão intimamente ligadas à saúde hepática, especialmente no que se refere à esteatose.
Além disso, fatores infecciosos, como as hepatites virais, continuam sendo uma ameaça global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas vivem com hepatite B ou C crônica no mundo.
Hepatites virais: uma ameaça silenciosa
As hepatites A, B, C, D e E são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus. Muitas vezes, essas doenças são assintomáticas em seus estágios iniciais, dificultando o diagnóstico precoce.
•Hepatite A: geralmente transmitida por água e alimentos contaminados. Tem cura e raramente se torna crônica.
•Hepatite B e C: transmitidas principalmente por sangue contaminado e relações sexuais desprotegidas. Podem evoluir para quadros crônicos e, em casos mais graves, levar à cirrose ou câncer de fígado.
•Hepatite D: só ocorre em pessoas já infectadas pelo vírus da hepatite B.
•Hepatite E: menos comum no Brasil, também é transmitida por água contaminada.
O diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves.
Esteatose hepática: a “gordura no fígado” que pode evoluir
A esteatose hepática não alcoólica é uma das doenças do fígado mais comuns atualmente. Afeta cerca de 25% da população mundial e está ligada ao sobrepeso, obesidade, resistência à insulina e síndrome metabólica.
Nos estágios iniciais, a esteatose pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, como reeducação alimentar, prática de exercícios físicos e controle de doenças associadas. No entanto, se não tratada, pode evoluir para esteato-hepatite, fibrose, cirrose e até câncer hepático.

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