Doença de Parkinson: sintomas, tratamentos e panorama no Brasil

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Abril é o mês de conscientização Mundial da Doença de Parkinson (DP),  uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central, sendo a segunda mais comum após o Alzheimer. Estima-se que aproximadamente 200 mil brasileiros convivam com a doença, número que pode ultrapassar 600 mil até 2030 devido ao envelhecimento populacional .
Sintomas
Os principais sintomas incluem:
•Bradicinesia: lentidão nos movimentos;
•Tremores: geralmente em repouso, afetando mãos e braços;
•Rigidez muscular: sensação de músculos enrijecidos;
•Instabilidade postural: dificuldade de equilíbrio e coordenação.
Outros sinais podem ser alterações na fala, escrita e expressão facial. O diagnóstico é clínico, baseado na observação dos sintomas, já que não existem exames específicos para a detecção precoce .
Tratamentos Avançados
Embora não haja cura, diversos tratamentos visam controlar os sintomas:
•Medicação: uso de levodopa e outros fármacos para repor ou mimetizar a dopamina;
•Estimulação Cerebral Profunda (DBS): procedimento cirúrgico que implanta eletrodos em áreas específicas do cérebro para modular os sinais neurais. Essa técnica é indicada para pacientes com sintomas motores graves e refratários aos medicamentos ;
•Terapia genética: em fase experimental, busca introduzir genes que possam restaurar a função dopaminérgica ou proteger os neurônios afetados .
Dados do Ministério da Saúde
Entre 2014 e 2023, o Brasil registrou 11.512 internações por Parkinson, com 607 óbitos. A taxa de mortalidade aumentou de 3,5% em 2014 para 8,63% em 2023, refletindo o impacto do envelhecimento populacional e possíveis atrasos no diagnóstico e tratamento .
A distribuição por raça/cor revelou disparidades significativas: a taxa de mortalidade entre pessoas negras foi de 13,16%, enquanto entre brancos foi de 5,72%. Além disso, a faixa etária mais afetada é a de 70 a 79 anos, com a maior taxa de mortalidade específica (11,4%) .
Iniciativas de Pesquisa
O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), na Bahia, participa de um estudo nacional inédito coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Michael J. Fox Foundation. A pesquisa visa mapear a prevalência e incidência da doença no Brasil, acompanhando cerca de 8 mil indivíduos acima de 60 anos em diferentes estados .
Crédito da foto: Freepik

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