Segundo estudo levantado pelo Instituto de Pesquisa Médica de St. Vincent, publicado na última terça-feira (6) na revista científica “New England Journal of Medicine”, o medicamento Baricitinibe, utilizado para o tratamento de artrite reumatoide, dermatite atópica e alopecia, pode frear a progressão do diabetes tipo 1.
Conforme a pesquisa, o remédio é capaz de preservar a capacidade do corpo de produzir insulina. Os testes da fase dois do estudo foram realizados mundialmente em pessoas que haviam recebido o diagnóstico da doença em um prazo de até 100 dias antes do início do tratamento. Segundo o Ministério da Saúde, o medicamento é um elemento que atua sobre o sistema imune, colaborando no processo de recuperação de quadros inflamatórios. Além do uso para tratar artrite, dermatite e alopecia, durante a pandemia, foi autorizada a administração do remédio para tratamento da Covid-19.
A pesquisa apresenta uma abordagem inovadora ao introduzir uma terapia potencialmente administrável em forma de comprimido, oferecendo uma alternativa à aplicação de insulina. Os resultados indicam que pacientes que receberam Baricitinibe tiveram uma menor necessidade de utilizar injeções de insulina. Quando iniciado precocemente, logo após o diagnóstico, o tratamento possui o potencial de significativamente reduzir a dependência de insulina.
Os pesquisadores expressam otimismo em relação à capacidade do medicamento de transformar a maneira como o diabetes tipo 1 é tratado. Essa condição autoimune, na qual o sistema imunológico ataca e elimina as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, é considerada crônica e hereditária. A Sociedade Brasileira de Diabetes destaca que no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas convivem com a doença, sendo 5% a 10% dos casos do tipo 1. Embora a causa do diabetes tipo 1 seja desconhecida, adotar hábitos saudáveis, como cuidar da alimentação, praticar exercícios físicos e evitar o uso excessivo de álcool, tabaco e outras drogas, é apontado como a melhor forma de prevenção.
