É amplamente reconhecido que incluir salada torna o prato mais saudável, proporcionando não apenas uma variedade de cores, mas também valores nutricionais, especialmente devido às fibras.
No Brasil, houve um investimento crescente nesse hábito com a frequência de consumo de salada superando os 20% entre 2002 e 2018, conforme a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. Apesar dos benefícios para a saúde é crucial atentar para a higienização dos vegetais crus, pois a falta dela pode acarretar problemas de saúde.
A atenção à higienização é um dos principais pontos a considerar. Pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) indica que mesmo alimentos pré-higienizados podem conter bactérias prejudiciais e, embora essa opção seja prática, contendo hortaliças já higienizadas, nutricionistas alertam que mesmo nesses casos é imprescindível higienizar os vegetais. Consumir itens não higienizados pode resultar em problemas como gastroenterite, diarreia e vômito, podendo evoluir para formas mais graves dessas doenças.
O estudo ainda indica que o vinagre pode ajudar a remover sujeiras superficiais ou pequenas larvas, mas não elimina completamente o risco de contaminação. A professora Cinthia Cazarin, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, destaca a importância de escolher cuidadosamente os produtos de limpeza. Ela desaconselha o uso de vinagre, sugerindo o hipoclorito como opção mais eficaz para evitar contaminação. A receita recomendada para a higienização é uma colher de sopa de hipoclorito diluída em um litro de água, deixando as hortaliças de molho por 15 a 20 minutos e, em seguida, lavando os alimentos em água corrente.
Um alerta adicional ressalta a importância de verificar se o hipoclorito utilizado é apropriado para a higienização de alimentos. Esse processo assegura a desinfecção adequada dos vegetais, livrando-os de bactérias e possíveis resíduos de agrotóxicos utilizados no cultivo.
