Um comunicado da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) traz um alerta preocupante: o consumo excessivo de bebidas energéticas por adolescentes está associado ao aumento de casos graves nos prontos-socorros, incluindo taquicardia, picos de pressão arterial, desmaios e até paradas cardíacas. De acordo com a entidade, as substâncias presentes nesses produtos, como cafeína e taurina, sobrecarregam o coração e o sistema nervoso central, especialmente em corpos ainda em desenvolvimento.
No dia a dia, o que começa como um hábito aparentemente inofensivo — uma lata de energético para “dar energia” antes da escola, do treino ou de uma festa — pode terminar com um atendimento de urgência. O consumo em jejum, a mistura com bebidas alcoólicas ou o uso exagerado em atividades físicas têm sido fatores comuns entre os casos atendidos nas emergências.
Imagine ingerir, de uma vez só, o equivalente a quatro xícaras de café em poucos minutos. É exatamente isso que acontece com uma única lata de energético. Agora, acrescente a esse cenário o estresse, a falta de sono e o álcool. Esse coquetel potencializa os efeitos colaterais e eleva drasticamente o risco de eventos cardíacos, mesmo em jovens saudáveis.
Além dos efeitos físicos, há impactos imediatos no bem-estar mental. Relatos médicos apontam que muitos adolescentes experimentam crises de ansiedade, tremores, insônia e episódios de confusão mental logo após o consumo. Em casos mais graves, é necessário internação para monitoramento cardíaco e uso de medicamentos.