Existe mais de um tipo de tumor mamário, que é aquele caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais na mama. É o tumor mais frequente entre mulheres no Brasil, depois do tumor de pele não melanoma.
Independentemente do tipo, as pacientes devem fazer exames de imagem, como mamografia e ultrassom, para identificar a doença. Caso seja encontrada uma lesão na mama, o médico faz uma biópsia, que é a retirada de um fragmento dessa lesão para análise laboratorial.
O tipo de câncer de mama mais comum é o carcinoma. A partir da análise histológica, se tem duas principais classificações: ductal ou lobular. Ambos podem ser invasivos ou in situ (no local, em tradução livre).
Já os carcinomas ductal e lobular invasivos se originam na estrutura do ducto e dos lóbulos (responsáveis pela produção de leite), respectivamente, mas avançam em outras partes do corpo.
Também existe um tipo raro de câncer de mama chamado doença de Paget, que se origina nos ductos mamários (pequenos tubos que transportam o leite até ao mamilo) e se espalha para a pele da mama e da aréola.
A doença pode se manifestar por meio de alterações na pele, como uma lesão elevada, um pequeno nódulo, uma ulceração ou uma descamação.
Para tratar o câncer de mama, é preciso fazer a análise imunohistoquímica depois da histológica. O segundo teste verifica como o câncer se desenvolve e, a partir disso, é feita a avaliação da melhor forma de tratamento. As quatro classificações principais encontradas com o exame são:
– Carcinoma hormonal positivo: quando as células anormais do tumor têm receptores de estrogênio e/ou progesterona. Esses hormônios estimulam o crescimento do câncer
– Carcinoma HER2 positivo: é caracterizado pela superexpressão da proteína HER2, que também estimula o crescimento da doença e pode tornar o tumor mais agressivo
– Carcinoma triplo-negativo: não tem receptores de estrogênio, progesterona e HER2
– Carcinoma triplo-positivo: tem receptores de hormônios e da proteína HER2, que causam a multiplicação das células cancerígenas
Chances de cura
Muitas pessoas acreditam que o câncer é uma declaração de morte, mas isso não é verdade. Quando diagnosticado de forma precoce, nos estágios iniciais, o tumor mamário tem mais de 95% de chance de cura, segundo a oncologista Fernanda Moura, do Sírio-Libanês.
“A maioria das pacientes vão estar curadas em cinco anos. Por isso é tão importante a gente falar de rastreio, que é realizar a mamografia acima dos 40 anos para todas as mulheres”, destaca.
A mamografia é o exame mais indicado para identificar precocemente um câncer de mama. O exame de rastreamento é realizado, inclusive, em mulheres que não tenham sintomas do tumor.
Com informações da repórter Laiz Menezes da Folha de S. Paulo.