Nesta sexta- feira, ( dia 1⁰ de novembro), o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (CEDEBA) realiza o 8⁰ Acrovida- Encontro de Pessoas com Acromegalia e Gigantismo. Serão realizadas diversas atividades das 8 às 12h15. O evento, uma parceria com a Associação Bahiana de Medicina (ABM) começa,a partir das 7h45, com a mobilização do público que transita no estacionamento do Centro de Atenção à Saúde(CAS) com distribuição de material informativo e esclarecimentos sobre a Acromegalia, doença rara que registra 3,3 casos por milhão/ano, provocada por tumor benigno da hipófise (adenoma), decorrente da produção exagerada do hormônio do crescimento GH e pode acontecer em qualquer idade, como explica a líder do ambulatório de Neuroendocrinologia do Cedeba, endocrinologista Flávia Resedá.
As atividades do 8⁰ Acrovida marcam o Dia de Conscientização da Acromegalia. Serão realizadas diversas atividades:caminhada com os pacientes, yoga e meditação, dança circular com pacientes e equipe do ambulatório.Segundo Resedá, “ é muito importante prestar atenção aos sinais iniciais da acromegalia: aumento do nariz, orelha, pés e mãos” . Pode haver ainda- acrescentou – espessamento da pele e suor excessivo, aumento da oleosidade da pele e de pelos. O ronco também pode ser um sinal de alerta. Quando a acromegalia se manifesta em pessoas jovens, se não houver tratamento, elas crescem exageradamente – gigantismo – atingindo altura de até 2,18 metros, situação que torna a rotina mais difícil. Por isso, segundo observou Resedá, ,os pais devem ficar atentos, ao perceberem que o crescimento da criança está sendo exagerado.
O gigantismo dificulta a realização de tarefas simples como entrar num carro ou andar de ônibus. Os pacientes tendem a apresentar problemas na coluna pela inadequação dos móveis que os obrigam a sentar numa postura que leva a dores ósseas e articulares. Como a acromegalia provoca o crescimento das extremidades, o acompanhamento com o cirurgião buco maxilo também é muito importante. Há casos em que há necessidade da cirurgia para redução da mandíbula. Quando a oclusão não é satisfatória, pode interferir na digestão.
Caso a acromegalia não seja tratada, há risco de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e doença cardíaca, apnéia do sono. Síndrome do túnel do carpo, artrite e pólipos intestinais que podem se tornar câncer de intestino( se não tratados).
CEDEBA, referência no tratamento
Na Bahia,o Cedeba , unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) é referência para o tratamento da acromegalia e gigantismo, com atendimento multidisciplinar e dispensação do medicamento de alto custo, usado para tratamento da doença, fornecido pelo Governo Federal.
O Cedeba realiza periodicamente encontros com os pacientes, que são acompanhados na unidade, onde além de informações sobre a doença, também são enfocados os direitos do grupo. Os pacientes têm assistência médica, psicológica e serviço social.
Caso o paciente com acromegalia não seja tratado, a morte passa a ser duas a quatro vezes maior que na população em geral, segundo a endocrinologista , Flávia Resedá. Como a hipófise é o centro do controle da produção dos hormônios – explica – o aumento excessivo do GH contribui inclusive para o diabetes. Entre os distúrbios associados à doença estão: também, fraqueza, dor de cabeça, alteração visual, depressão e alteração de humor.