A Bahia registrou até dezembro de 2024 cerca de 1.499 casos de Hanseníase,, sendo 55 em menores de 15 anos por hanseníase. O número foi inferior ao obtido em 2023, onde foram notificados cerca de 1.679 casos, destes 35 em crianças e adolescentes até 14 anos
Ainda assim, os números exigem alerta das autoridades de saúde. O Janeiro Roxo é uma campanha que busca conscientizar sobre a Hanseníase, uma doença milenar, classificada pela Organização Mundial de Saúde como uma enfermidade tropical negligenciada.
Os municípios que mais registraram casos nos últimos anos foram Salvador, Juazeiro, Barreiras, Alagoinhas, Porto Seguro e Feira de Santana. As maiores taxas de detecção são observadas nos municípios da Macrorregião Oeste, Norte e Extremo Sul.
A doença está diretamente relacionada à pobreza e ao acesso precário a moradia, alimentação e educação. A Índia, Brasil e Indonésia registram 80% dos casos de hanseníase no mundo, ocupando as 1ª, 2ª e 3ª posições, respectivamente.
É uma doença crônica, cujo diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, por meio da história clínica, exame dermatoneurológico e situação epidemiológica. É de notificação compulsória, realizada após confirmação do caso.
A enfermidade compromete principalmente a pele e os nervos periféricos, é transmitida por meio das secreções das vias respiratórias (nariz e boca) para as pessoas que convivem com o doente não tratado na forma Multibacilar (MB). Clinicamente apresenta lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Assim que é realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, os pacientes deixam de transmitir a doença.