Mulher denuncia ginecologista contra assédio sexual em consulta

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A mulher explicou que aceitou fazer o preventivo porque havia tempo que tinha feito o último.

“Começou a tocar, apalpar meus mamilos, apertava os mamilos, perguntava se eu estava tendo sensibilidade e eu já havia dito que não tinha sensibilidade, mas ele insistia muito”.

A administradora denunciou ainda que o médico não usou luvas, máscaras e retirou o lençol que cobria as pernas durante o preventivo. O ginecologista também teria feito movimentos no clitóris da paciente.

“Você se masturba? Ele me perguntou dessa forma e eu me calei. Aí insistiu, perguntou que tipo de aparelho eu usava para me masturbar e ainda chegou a falar assim: ”É… Você está muito tensa, muito nervosa, precisa relaxar'”, relatou.

Em seguida, o profissional ainda teria levantado, e começado uma massagem nos ombros da paciente e perguntado qual era o signo dela.

O caso foi denunciado na Polícia Civil e no Conselho Regional de Medicina (Cremeb). Em nota, o órgão disse que o processo tramita em sigilo e se as denúncias forem comprovadas, as sanções podem ir de advertência até cassação do exercício profissional.

Por e-mail, a administradora comunicou ao plano Casseb. Sem resposta, voltou ao centro médico.

“A gente chama isso de violência sexual mediante fraude. Não há possibilidade da vítima escolher a situação em relação a confiança médica do paciente”, disse a advogada da vítima, Valéria Cordeiro.

Por telefone, o ginecologista de 71 anos, que tem 45 anos de exercício profissional e trabalha no Casseb há 30 anos, negou o assédio. Disse que foi ouvido pela coordenadora da unidade, afastado e viajou para outro estado.

“Eu fiz a minha defesa. É… Não houve nada do que a paciente está alegando. Não estou entendendo o porquê. Nunca tive um queixa, nunca tive um problema”, afirmou.

Disse ainda que explicou que abaixaria o lençol para explicar o preventivo para a paciente e negou que não usou luvas no procedimento.

Em nota, a direção do Casseb confirmou que averigua o caso, convidou a denunciante para ser ouvida três vezes, mas teve os pedidos negados. Disse ainda que precisa ouvir a paciente para continuar com as investigações.

A direção do plano afirmou ainda que desmarcou todas as consultas previstas para o ginecologista pelo prazo de 30 dias.

Fonte: G1

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